Ceratocone

O Ceratocone é uma ectasia associada a afinamento da córnea causado por desestruturação do colágeno que a compõe. O Ceratocone leva a perda da asfericidade (curvatura) normal corneana, causando de forma progressiva diminuição e distorção da visão. Frequentemente acomete ambos os olhos sendo diagnosticado mais comumente em indivíduos jovens na adolescência, entretanto pode já estar presente em crianças.

O tratamento desta doença é feito de forma não cirúrgica com óculos e lentes de contato. Entre os tratamentos cirúrgicos estão o implante de anel intra-corneano, o cross-linking e o transplante de córnea.

• Implante de Anel Corneano intra-estromal

O Anel Corneano é uma peça de acrílico que quando implantada tem como objetivo diminuir a curvatura coenana e as irregularidades causadas pela doença.

• Cross-linking

O Cross-linking do colágeno corneano é realizado com riboflavina colírio e luz ultra violeta tendo como objetivo endurecer a córnea, evitando a progressão da doença.

• Transplante de Córnea

O transplante de córnea é realizado em pacientes que apresentam formas avançadas da doença, onde a córnea doente é substituída por outra córnea doadora. O transplante de córnea pode ser Penetrante (toda a córnea é trocada) ou Lamelar Anterior (onde somente é trocada a parte doente da córnea, preservando a porção corneana normal e tornando esta técnica mais segura).

American Keratoconus Association

Cuidados com Lentes de Contato

As lentes de contato (LC) são utilizadas sobre a superfície ocular e podem corrigir deformidades corneanas (ceratocone), auxiliar na cicatrização corneana (úlceras corneanas), entre outras indicações.

A utilização mais frequente das lentes de contato é para correção óptica (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia).

Os pacientes que querem começar a usar lentes de contato e os que já as utilizam, devem seguir uma série de orientações para evitarem possíveis complicações, entre elas:

1. Nunca fazer adaptação ou teste de LC sem a presença e a orientação do Oftalmologista.
2. Lavar as mãos antes de colocar e ao tirar as lentes.
3. Nunca dormir de lente (existem algumas exceções como pacientes em uso de LC terapêutica).
4. Sempre intercalar o uso da LC com o óculos (nunca usar somente LC).
5. Preservar o estojo limpo e trocá-lo com regularidade.
6. Sempre usar solução líquida específica para LC (nunca usar água da torneira)
7. Respeitar o prazo de uso (30 a 45 dias para lentes descartáveis e em média 1 ano para LC não descartável)
8. Ardência, coceira, visão nublada no final do dia, olhos vermelhos e sensação de corpo estranho podem ser sinais de problemas relacionados ao uso da LC.
9. Nunca comprar LC pela internet ou em óptica.
10. Consultar seu oftalmologista regularmente!!!!!!

Sociedade Brasileira de Lentes de Contato

Catarata

A Catarata é a opacificação do cristalino (lente transparente natural que se localiza no segmento anterior do olho).
A Catarata Senil (relacionada a idade) é a forma mais prevalente podendo ocorrer em aproximadamente 15% da população abaixo de 65 anos e em 50% ou mais em pacientes acima dos 65 anos.

Existem várias causas relacionadas a formação da catarata como, por exemplo, trauma ocular (catarata traumática), Diabete Mellitus (catarata metabólica), Rubéola Congênita (catarata congênita), Uveíte (inflamação do tecido uveal ocular/catarata uveítica ou inflamatória), Senilidade Ocular (catarata senil), entre outras. 

O tratamento atual da catarata é realizado através da cirurgia por micro incisão a Facoemulsificação (procedimento que remove o cristalino opacificado) seguida por implante de uma lente intra-ocular (para substituir o cristalino).

Nos últimos anos estão ocorrendo inúmeros avanços tanto na Facoemulsificação como nas Lentes Intra-oculares implantadas, determinando um excelente resultado visual pós-operatório.

Catarata

Degeneração Macular Relacionada à Idade

A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma doença que pode afetar a retina de pessoas com mais de 55 anos. Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da DMRI estão a idade, o tabagismo, as doenças cardiovasculares, a obesidade e a hipercolesterolemia. O aumento do risco de desenvolver a doença também está ligado a dietas que contém alta ingesta de gorduras saturadas e pouco ricas em Omega-3.
A DMRI acomete a retina basicamente de duas formas: atrófica e exsudativa.
O tratamento da DMRI é realizado de acordo com a forma da doença e inclui a suplementação (via oral) de polivitamínicos, o uso intra-ocular de medicação anti-vgf (quimioterápico) e a realização de terapia fotodinâmica (laser).